terça-feira, 20 de janeiro de 2015

I
a gente espera ser mais sensível
tem que vomitar
o olho arde

II
[não sei mais fazer essa merda] [acho que nunca soube mesmo...]

III
- enxuga o rosto e vai logo dormir / isso não é hora pra esses dramas
- não aguento mais ver sua foto / melhor deixar pra lá

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

vazio pesado

é o que sobrou aqui
chega mais que a noite é longa
a chuva gelada
e o abraço bem quente

tem café e biscoitinho
mesa bem arrumada
pinturinha na parede
saudade e aflição

mas que belo fim fomos arrumar, hein?
tá tudo jogado por aí e é assim mesmo...
esses dias nublados fodem com a gente

- ridículo esse título.
- eu sei.
- parece profundo mas não significa nada.
- combina com o resto todo.
- por que você sempre transcreve nossas conversas?
- tenho um memória horrível. invento muita coisa
- a realidade é sempre monótona
- sim. queria morar num filme. qualquer filme.
- até filme de terror.
- sim. na pior das hipóteses, eu morro rápido

quinta-feira, 7 de março de 2013

e a culpa: sempre minha
desculpa aí qualquer coisa

é só isso.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

conter o berro
suspirar o grito
unhas roídas
o pensamento inútil
o gesto inútil
a falta de sentido

queria escrever algo melhor que palavras soltas
pensar em sequência, terminar as frases

ah, foda-se.
não sei escrever mais.

sábado, 14 de julho de 2012

Resposta para Luíza.

Pra ler antes: Com açúcar e afeto - Carta que não foi entregue

Luíza: o que acha?

eu:
gostei demás!
e eu tô num sentimentalismo fudido hoje com essas coisas 'bobinhas'
que a gente tem com as pessoas, uns rituais, manias e tal. fico horas
pensando nisso e depois começo a achar idiota. mas é tão bonito...
essa coisa de um entrar no ritmo do outro sem perceber... e quando
acaba, sobra metade da gente e é devastador e ao mesmo tempo fica tudo
mais leve. até a gente achar um outro alguém com outro ritmo e começar
tudo de novo.
eu só sei que não quero começar isso tudo de novo.

domingo, 3 de junho de 2012

sobre Luíza

jamais entenderei como luíza pode ser tão igual a mim
luíza é daquelas edições especiais numeradas a mão em embalagem bonita
e todo o acaso do mundo nos une e nos separa
faz falta e não faz, porque ela está sempre aqui e sempre longe e sempre dentro

compartilha comigo o peso de querer demais e pra sempre
de ser tomada como não-sentimental quando é justamente o contrário disso
escreve com mão esquerda todas as histórias que eu não consegui escrever
e desafia a vida com a mão fechada num soco, respira fundo e engole o choro
porque o futuro há de esperar


[bota a ficha na sinuca e abre a cerveja porque poesia demais faz a gente cansar]

terça-feira, 24 de abril de 2012

e o corvo disse: nunca mais!

domingo, 1 de abril de 2012

câncer

the last thing for me just to say I'm completely fuckin' right.

liberdade dá trabalho
cena repetida
domingo no parque
explicação razoável
descontrole desnecessário

ainda bem que o celular não tem créditos. economiza tempo e paciência. fico aqui imaginando as histórias todas. nem preocupo mais.
anestesia
falta o vício

e assim vai... deve fazer bem.


não poderia ser outra a trilha

domingo, 4 de março de 2012



::
Do you wanna dance under the moonlight?
Squeeze and kiss me all through the night

::

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Daniella Salles e aquele eterno não saber o que fazer. Legal demais, ó!
Já acabou o carnaval?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Infância feliz (ou como eu aprendi o significado da palavra "melancolia")

No MSN, revelando histórias da minha infância...

Daniella . diz

olha só como eu aprendi o que significava melancolia já te contei???

Thiago diz
não

Daniella . diz

pois bem estava eu na 1ª ou 2ª série, na escola daqui da rua e tinha um trabalho que a gente podia escolher QUALQUER LIVRO DA BIBLIOTECA e fazer alguma atividade sobre ele o livro que eu escolhi: O Carneirinho Triste aí lá contava que ele tava doente e talz e descobriram que ele tinha "melancolia" agora pensa comigo, que criança em sã consciência escolhe um livro desse pra ler???? Daniella Salles - maniaco-depressiva desde os 7 anos de idade hauhauahauhauhauahuahuahuhauh

Thiago diz

putz ahuahuaahuahuahau credo, vey cê é psicopata ahuahuahuahauahu


pois é... sou psicopata. beijos, amigos

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

dezembro/janeiro

mais uma vez a gente chora pelos mesmos motivos
as mesmas músicas tocando alto nos fones
e aquela velha sensação de poder ter feito mais
ultrapassar os próprios limites, nem que seja por apenas uma noite
enquanto isso, a gente ri das nossas histórias
porque já não há muito o que explicar
ou entender.

prometo tentar ser melhor amanhã,
mas me deixa aqui um segundo
falta tão pouco mas é sempre tão difícil
tomar alguma atitude que realmente cause impacto
acho que eu já nem sei mais se vale a pena.

[mas no fim das contas sempre vale. e você sabe.]


::
pra ler ouvindo Deluxe Trio
::

sábado, 24 de dezembro de 2011

Choose life.

Choose a job. Choose a career. Choose a family, Choose a fucking big television, Choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol and dental insurance. Choose fixed-interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends. Choose leisure wear and matching luggage. Choose a three piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing sprit-crushing ga me shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing you last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked-up brats you have spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life.

But who would I want to do a thing like that?

I chose not to choose life: I chose something else. And the reasons? There are no reasons. Who need reasons when you've got heroin?



:: MARK RENTON/EWAN MCGREGOR
TRAINSPOTTING ::

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

12/dez.

Faltou uma respiração suave, um abraço, uma palavra um pouco mais delicada.
Distanciar-se do dia comum, da pessoa comum, do gesto comum...
Já não é mais hora de inventar um mundo cada vez que bota os pés pra fora de casa.
Não tenho mais frase bonitas ou discursos lógicos.
Acho que nunca tive.
Sempre falei mais estando em silêncio e obviamente você nunca entendeu.

sei mesmo é falar "não"

Esse tal negócio das pessoas precisarem ser simpáticas sempre me irritou profundamente.
Não gosto de você, não gosto.
Não quero, não faço questão.

E eu tô mais pra desabafo do que pra escrever bonito.
Eu até tento, mas não sai.
Gosto mesmo é de xingar, bater o pé.
Tentei ser legal.
O que eu sei agora é que eu não quero mais.
Aí você me aponta o dedo e diz que eu tô errada.
E eu sei que eu sempre estive.
Vou fazer o que?

Porra! Eu também escuto músicas bonitinhas.
Penso em ligar 35 vezes e inventar um assunto aleatório qualquer.
Não funciona e é sempre ridículo.
Sempre durmo sentindo um carimbo de "IDIOTA" no meio da testa
que é pra não esquecer na hora que acordar e olhar no espelho.

domingo, 11 de dezembro de 2011

::
Afinal, são inúteis essas tentativas de análise e de interpretação de nós mesmos. Há, em nós, abismos insondáveis, que jamais exploraremos, onde se recolhem, pelo tempo que lhes apraz, as combinações múltiplas, várias, tantas vezes contraditórias, que compõem as formas sucessivas do nosso espírito. Explicar-me-ei, dizendo que hoje dormimos arlequim, amanhã acordaremos pierrô. As vestes ficam guardadas num armário de nossas profundezas onde se amontoam indumentos de infinita variedade. Alguém no-las troca sorrateiramente, durante o sono, de acordo com um critério que nos escapa. E esse alguém às vezes se diverte, pondo-nos de casaca e em cuecas, ou pregando-nos um rabo de papel no jaquetão. O fato é que se frustra todo o esforço que despendemos para nos impor certa disciplina, certa unidade, certa coerência. À sorrelfa, algum diabo malicioso inutiliza o nosso trabalho, e amanhã seremos o que não queremos, e hoje somos o que ontem fôramos e não quiséramos mais ser.
::

[O Amanuense Belmiro :: Cyro dos Anjos]

sábado, 3 de dezembro de 2011

::
and when I let him in

I feel my stitches getting sicker
::

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

deixei a janela do quarto aberta até anoitecer para encher de mosquitinhos e a lagartixa ter o que comer.
mas ela foi embora e os mosquitos ficaram
fazendo barulho
batendo no teto

penso que deve ser chato ser mosquito

domingo, 27 de novembro de 2011

Nem tenho nada poético pra escrever não. É desabafo pra facebook, mas como não quero ninguém "falando" na minha cabeça, veio pro blog. Porque é domingo e ninguém lê blogs. Só um ou outro entediado mesmo.

E aí que nêgo tem a OUSADIA de defender gente do meu lado sabendo que eu acho as atitudes da pessoa super idiotas. Tudo bem, né!? São amigos. Tenho nada com isso. Só escuto e concordo. Tava dando um tempo nessa coisa de ser a "chata, estressadinha, cara de défeco" da história.

Mas aí chega essa mesma pessoa falando merda comigo (que até agora eu não entendi, porque tem coisa que pra entender a gente tem que esquecer o cérebro e ir na "vibe" da discussão). Mas acontece que eu canso e brigo. Xingo mesmo. Não aguento gente que muda de atitude pra pagar de "sou foda" comigo. Aí na hora que precisa, vem todo mundo pedir ajuda. Porque uma coisa que eu sou é idiota o bastante pra querer manter a paz entre amigos.



e daí? ele é meu amigo e eu gosto dele e pronto.



E pra terminar poetizando, vai um Drummond:
"Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Se fode aí sozinha."

- Pode deixar.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

eterno retorno

eu queria saber combinar palavras tão bem quanto eu faço em pensamentos
planejo diálogos, olhares e abraços
e na hora não funciona
troco a ordem, esqueço tudo, me atropelo
mando por SMS
perde o impacto
parece falso
e no fim a gente volta pra casa
entendendo cada vez menos

___


dá vontade de olhar pra trás
conferir se a sombra é mesmo a que a gente conhece
os passos, a respiração...
nunca é.

abaixa a cabeça e toma cuidado pra não tropeçar mais uma vez.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

02:28, SMS

eu costumava ser bem melhor,
mas nunca consegui ser menos sentimental.

até hoje fico esperando resposta, roendo as unhas, morrendo de tédio...
não desenho, não durmo e não sonho.




::
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !
::

segunda-feira, 4 de julho de 2011

insônia

- me dá sua mão, fala que tá tudo bem e a gente volta pra casa.
na tv, um filme repetido qualquer só pra mostrar que o mundo é maior que o nosso quarto
você diz que não é tão simples pelo medo de seguir em frente
ou alguma coisa realmente mudou e só agora eu vi
que não adianta insistir em um futuro que não acontece.
(nunca valeu o esforço)

- boa noite, prefiro dormir.


//ao som de Zander
just for being amazing
just for being a normal girl

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ramona Repolês

um isqueiro,
uma poesia
e uma visita.

foram necessários quase 4 anos,
algumas cervejas, músicas e partidas de sinuca.

então
a gente descobre que gostar não ocupa espaço,
não ocupa tempo
e também não traz dinheiro
[mas isso já é menos importante]


//promessa cumprida. não tão bem como eu gostaria, mas tem direito a trilha sonora especial:
"I heard Ramona sing
and I heard everything..."
::Frank Black

I Heard Ramona Sing - Frank Black

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

mais do mesmo

tentei falar 2 milhões de palavras em pouco mais de 5h
me enrolei, não consegui explicar, não gostei do resultado
saiu uma frase:
dita meio sem querer,
sem olhar nos olhos,
sem acreditar que era verdade...
mas era.
talvez mais verdade que os 2 milhões de palavras.
mas não deu resultado.

- então fica assim. a gente se vê. uma semana.

[abraço]

sábado, 31 de julho de 2010

jazz

a noite de ontem deu vontade de ser feliz
o frio é sempre a melhor ocasião pra tudo.

bacana bacana, my friends.

terça-feira, 27 de abril de 2010

thiago eduardo de carvalho

indivíduo ébrio
em desalinho
caminhada débil,
passo em falso:
destruída a clavícula

domingo, 3 de janeiro de 2010

urbanicidade

era grande o barulho da chuva
tão grande que minha voz parecia nada
(a música eu não conhecia, mas cantei assim mesmo)

_

eu queria comer o azul
mas não qualquer azul
gosto do azul-escuro-quase-preto
o azul da noite de ontem:
quente e densa

_

letreiro neon
poste de lâmpadas amarelas
amarelo manga sufocante

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

h.v-l.

eu escrevo quando é preciso (ponto)

domingo, 6 de dezembro de 2009

18 x 18

é porque desejei metade..........e não quis mais que isso...........porque o completo nunca me satisfez.
e a você?


o que me diz dos seus planos para a noite de hoje? talvez possamos fazer nada, caso isso seja a única opção.
creio que nunca houve algo 'a mais', nunca haverá e eu confesso que cansei.
de mim e de você.

bonne nuit, mon ami. je vais dormir. have a good dream ou não sonhe at all. não faz diferença;

eu queria encher a página e te emocionar, mas eu não consigo escrever de cabeça pra baixo.

take the rope to my heart and fall. you may just be the last before you see the black tangled heart and fall.



*welcome to the masturbatory society.*

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

amar e comer são tipo a mesma coisa

I
é definitivamente o melhor frango assado da região
e se não tivesse uma das pernas? ou os olhos? seria digno de atenção?
e se morresse no natal? poderia ser emocionante e ter velório.
frangos talvez tenham alma.
só sei que tem bom coração.
assado é melhor. definitivamente.

II
sinônimo de amar é comer.
olha-se | gosta-se | mastiga-se | engole-se | expele-se e dá-se descarga
daí vem a fome de novo.

sábado, 14 de novembro de 2009

d também

na escadinha do matriz
terminal jk
cheiro de urina e rato
goteira e mofo
dorme e acorda e dorme e acorda e dorme e

o dia é outro e são outros os pensamentos
é outra a música
mais uma e nunca a última



[lendo e vendo Danislau Também | Star Putz]