domingo, 3 de junho de 2012

sobre Luíza

jamais entenderei como luíza pode ser tão igual a mim
luíza é daquelas edições especiais numeradas a mão em embalagem bonita
e todo o acaso do mundo nos une e nos separa
faz falta e não faz, porque ela está sempre aqui e sempre longe e sempre dentro

compartilha comigo o peso de querer demais e pra sempre
de ser tomada como não-sentimental quando é justamente o contrário disso
escreve com mão esquerda todas as histórias que eu não consegui escrever
e desafia a vida com a mão fechada num soco, respira fundo e engole o choro
porque o futuro há de esperar


[bota a ficha na sinuca e abre a cerveja porque poesia demais faz a gente cansar]